Utiliza abordagens terapêuticas de estilo de vida baseadas em evidências, como nutrição predominantemente baseada em dieta com vegetais e alimento integral, atividade física regular, sono adequado, administração do estresse, evitar uso de substâncias de risco, e outras modalidades não farmacológicas, com a intenção de prevenir, tratar e, por vezes, reverter as doenças crônicas relacionadas ao estilo de vida que são tão prevalentes.
A Medicina do Estilo de Vida é a prática baseada em evidências para ajudar indivíduos e famílias a adotarem e manterem comportamentos saudáveis que afetam a saúde e a qualidade de vida.
As práticas do estilo de vida e hábitos relacionados à saúde estão entre os fatores determinantes mais importantes da saúde de uma população.
Mudar hábitos nocivos é fundamental para o cuidado médico, prevenção de doenças e promoção da saúde.
A relação de confiança entre o médico e o paciente, junto com o apoio da família, de uma equipe interdisciplinar e da comunidade são a chave para a melhoria dos hábitos relacionados à saúde e resultados em qualidade de vida.
• Promover hábitos saudáveis como fundamentos para o cuidado médico, prevenção de doenças e promoção da saúde.
• Ter empenho exemplarista na qualificação do próprio estilo de vida e incentivar a criação de ambientes que deem suporte aos comportamentos saudáveis no contexto familiar, escolar e profissional.
• Demonstrar conhecimento das evidências sobre quais mudanças específicas do estilo de vida podem ter um efeito positivo na saúde do paciente.
• Saber as maneiras de otimizar o engajamento médico e da equipe interdisciplinar com pacientes e familiares para potencializar os efeitos positivos dos hábitos relacionados à saúde dos pacientes.
• Avaliar as predisposições sociais, psicológicas e biológicas referentes aos hábitos dos pacientes e os impactos resultantes na saúde e bem-estar.
• Avaliar a prontidão, vontade e habilidade do paciente e da família para fazer mudanças nos hábitos relacionados à saúde.
• Realizar exame clínico sobre o estado de saúde relacionado ao estilo de vida, incluindo os “sinais vitais” do estilo de vida, como o uso de tabaco, o consumo de álcool, dieta, atividade física, índice de massa corporal, nível de estresse, sono e bem-estar emocional.
• Solicitar e interpretar exames para triagem, diagnóstico e monitorização de doenças relacionadas ao estilo de vida.
• Usar diretrizes internacionalmente reconhecidas (como aquelas para hipertensão e cessação do uso do tabaco) para auxiliar pacientes no autogerenciamento de seus hábitos ligados à saúde e estilo de vida.
• Estabelecer relacionamentos eficientes com pacientes e famílias para incentivar e sustentar mudanças comportamentais utilizando métodos e ferramentas de aconselhamento baseados em evidência e realizar acompanhamento.
• Colaborar com pacientes e suas famílias para desenvolver planos de ação baseados em evidência, alcançáveis, específicos e escritos que funcionam como “prescrições de estilo de vida”.
• Ajudar pacientes a gerenciar e sustentar práticas de estilo de vida saudáveis e encaminhar pacientes a outros profissionais da área da saúde
• Ter a habilidade para atuar em equipe de saúde interdisciplinar visando dar suporte a uma abordagem interprofissional integrada e centrada no melhor para o paciente.
• Aplicar sistemas de informática e desenvolver práticas sistemáticas de trabalho para apoiar o cuidado médico do estilo de vida, incluindo uso tecnologia de apoio à decisão.
• Mensurar processos e resultados para melhorar a qualidade das intervenções no estilo de vida em indivíduos e grupos de pacientes.
• Usar recursos de referência na comunidade apropriados, que apoiem a implementação de estilos de vida saudáveis.
O tema central da Medicina do Estilo de vida é utilizar técnicas motivacionais para abordar sistematicamente seis pilares fundamentais da saúde. Isto vai além de uma simples prescrição, mas o desenvolvimento de uma relação de parceria entre médico e paciente com o objetivo de transformar positivamente o estilo de vida e a saúde.
A Medicina do Estilo de Vida conta com o empoderamento do paciente, que se torna cada vez mais informado e ativo no processo de transformação da saúde. A mudança do estilo de vida pode atuar em conjunto com um tratamento médico preexistente ou, em muitos casos, eliminar a necessidade de medicamentos e até reverter completamente doenças comuns como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias, gota, doenças autoimunes, entre outras.
Alimentação saudável é um fundamento importante da saúde, sendo o tratamento (ou a causa) e uma grande variedade de doenças.
Dê preferência a alimentos de origem vegetal, naturais e integrais.
Minimize alimentos de origem animal e alimentos superprocessados.
É importante consumir uma ampla variedade de vegetais, incluindo cereais integrais, hortaliças, leguminosas (como feijões, lentilhas e grão de bico), frutas, castanhas, sementes e especiarias.
Movimente-se!
Atividade física, mesmo que não esportiva, tem efeitos em prevenção, tratamento e até reversão de doenças.
150 minutos semanais, distribuídos ao longo da semana são suficientes, mas mais é ainda melhor!
Através de técnicas motivacionais, a Medicina de Estilo de vida incentiva a prática regular visando o bem estar e a saúde.
Baixa qualidade ou privação de sono pode trazer piora de qualidade de vida, transtornos de concentração, memória e disfunções imunológicas, além de ser um risco para desenvolvimento ou agravo de doenças crônicas.
Medicina do estilo de vida estimula o sono saudável, identificando e tratando hábitos de sono, influências ambientais e possíveis distúrbios do sono, fortalecendo um dos fundamentos da nossa saúde.
Álcool e tabaco são as principais drogas lícitas da nossa sociedade.
O tabaco já está definitivamente estabelecido como causa de muitas doenças, portanto o seu consumo (em qualquer forma!) é fortemente desencorajado.
É recomendável também moderação no consumo de álcool, pois o excesso pode levar a problemas de saúde.
Estresse pode ser um fator positivo levando a maior motivação e produtividade – ou a ansiedade, depressão, obesidade, disfunção de imunidade e piora na saúde.
Auxiliar os pacientes a reconhecer respostas negativas ao estresse e gerar mecanismos para lidar melhor com ele pode facilitar o desenvolvimento de hábitos saudáveis, promovendo saúde e bem estar.
Conexão social é essencial para nossa resiliência emocional e saúde em geral.
Estudos mostram que indivíduos com fortes conexões sociais tendem a ser mais longevos e saudáveis, no entanto isolamento e solidão são associados com maior chance de desenvolver doenças e de morrer precocemente.
Especialmente em indivíduos já diagnosticados com condições associadas ao estilo de vida.
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